O empreendedorismo em um mercado de tarefas onde as mães são discriminadas é um desafio para as mulheres que sonham em abrir seus negócios. segundo dados do IBGE. La maior carga de trabalho se deve ao fato de que aqui sofrem com o triplo rodízio, tendo que realizar atividades profissionais, tarefas familiares e cuidar de seus filhos e outros familiares.
Portanto, empreender uma situação como esta é um desafio. Com razão, as mulheres compõem mais de uma parcela da população brasileira, controlando apenas 34% de todos os empresários do país, segundo dados do Sebrae. No entanto, a pandemia tem se mostrado um grande estímulo para as mulheres que sonhavam em ter seu próprio negócio, como destaca a pesquisa “O voo daslas”, realizada em parceria através do Movimento Alado e do Sebrae São Paulo.
No período, das 1. 100 mulheres entrevistadas para abrir o próprio negócio diante da pandemia, 46% disseram ter tomado essa iniciativa para ter mais autonomia e flexibilidade para permanecer em suas famílias. A maternidade, nesses casos, é a motivação mais sensata
“O fato é que ser mãe diminui nossa energia. A maternidade nos torna mais produtivos, específicos e nunca conseguimos fazer o trabalho”, diz Daniela Graicar, fundadora da Aladas.
A pesquisa também teve como objetivo explorar as situações cotidianas e exigentes do público feminino quando adotam e gerenciam seus negócios. Entre as barreiras que enfrentam, o acesso ao crédito para empresas é mostrado como um abismo que separa a preferência do cumprimento. são mais compatíveis que os homens, o financiamento bancário acaba por ser ainda uma verdade distante para as mulheres empreendedoras: 78% das mulheres entrevistadas iniciaram seu próprio negócio com recursos próprios e apenas 6% recorreram à ajuda do banco.
“Se conseguirem, acabam aceitando taxas de juros mais altas – segundo o IMC, 3,5% a mais que os homens – por causa da dificuldade de negociação do termo apresentado”, diz Daniela.
Para triunfar sobre esses tabus e inspirar mais mulheres a participar do projeto empreendedor, reunimos os depoimentos de duas mulheres de marketing que contam seus relatos antes e depois de terem seus filhos. Nos relatos, a superação do caminho triplo e a constante busca pelo equilíbrio são proporcionadas como uma verdade não incomum entre aqueles que aparecem no cenário empresarial nacional.
Monique Lima, Diretora da MIMO
“Quando tive a ideia de fundar a Mimo Live Sales, era o início da onda Covid-19 e, poucas pessoas sabem disso, mas eu estava grávida de seis meses. Li várias histórias de profissionais de marketing no início, e quando era a minha vez, não tinha dúvidas. Como meu negócio era completamente online e durante a pandemia tentei não revelar minha gravidez, muitas outras pessoas nem sabiam que eu não estava grávida, mas que eu já tinha dado à luz. Isso porque sabemos que a maternidade, por causa da nossa cultura, que vem de gerações passadas, dá essas barreiras à mãe, pois há muitas questões sobre nossa capacidade de lidar com ela.
Eu sei que há muitas mães que estão relutantes em começar um negócio em nome de seus filhos, mas eu penso no bom exemplo que eu dei para eles quando eu estou realmente procurando as coisas que eu preciso. Às vezes acordo cansado e digo: vamos lá! Esse “vamos”, claro, tem uma força muito maior graças a eles, porque eu sei o exemplo que devo dar. E eu preciso deixar esse legado para meus filhos. Então é preciso muito mais força e eu também canalizei essa força dos meus filhos.
Eu diria que o maior desafio da mãe empreendedora é ter tempo para a própria mãe empreendedora. Porque temos que nos dividir entre quadros e jovens e eles também acabam esquecendo de nós. Leva tempo para ler ou mesmo não fazer nada, tempo para meditar e cuidar de si mesmo. “
Camila Salek, CEO da Vimer
Vimer se tornou meu primeiro filho. E, como parte desse processo de fazer planos vimer, quando estou começando, fiz resoluções para poder engravidar por volta dos trinta anos, o que também foi um propósito vital na minha vida.
Maternidade e empreendedorismo sempre foram unidos e inseparáveis para mim: Vimer tem 15 anos e minhas filhas têm 13. Mas durante todo esse período, nem todos viram que essa combinação não era apenas imaginável, mas também fundamental. Pedidos e comentários das pessoas perguntam como eu cuidaria das minhas filhas quando pinto muito, de qualquer maneira. Era uma espécie de preconceito velada.
Todos acham que têm uma fórmula preparada, mesmo que não exista. Qualquer empreendedora se sentirá muito sobrecarregada, mesmo que tenha a rede de ajuda mais produtiva imaginável. A partir do momento que uma mulher trabalha bem em sua companhia e se dedica como mãe, como muitos de nós, nos sentimos sobrecarregados.
O tempo está cada vez mais escasso e escolher como estamos gastando é um desafio. Muitas vezes, a mulher acaba tendo que abrir mão de outras facetas de sua vida porque ela denuncia essa sobrecarga. Cuidar da sua saúde, por exemplo, e uma série de outras coisas que não envolvem ser mãe ou ser empreendedora, mas seus outros papéis miríades, que vão muito além de cuidar de uma casa ou se preocupar com crianças ou qualquer um dos negócios.