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Fachada do restaurante McDonald’s com 60 atributos de sustentabilidade (McDonald’s/Press Release)
Postado em 30 de agosto de 2023 às 08:00.
Última atualização em 30 de agosto de 2023 às 09:41.
Fast food pode ser sustentável? Rogério Barreira, presidente do departamento brasileiro da Arcos Dorados (franquia que opera o McDonald’s em países da América Latina e Caribe), diz que sim: “Precisamos desmistificar o conceito de que fast food é de qualidade e sustentável. Estamos correndo para ter práticas cada vez mais inteligentes e mostrá-las ao consumidor”, diz. O mais recente deles é o restaurante inaugurado nesta quarta-feira, 30, próximo à Avenida Paulista, em São Paulo, na Avenida Bernardino de Campos.
A unidade possui mais de 60 atributos de sustentabilidade, sendo 25 já obrigatórios em outras unidades do McDonald’s. Entre as novidades, estão, por exemplo, um projeto de madeira “mecanizada”, fruto de reflorestamento; painéis de revestimento de fibra de madeira qualificados com 25% de materiais reutilizados; quiosque que vende sobremesas feitas com materiais reciclados de polipropileno; interior e compostagem; mesa final em laminado PET 90% reciclado, entre outros.
“Entendemos que os 35 novos atributos de sustentabilidade pintam para outros restaurantes. Agora resta analisar os efeitos e a viabilidade do plano de expansão”, diz Barreira. Segundo ele, a tarefa de gerar um restaurante mais sustentável é competitiva. Se o pedido tivesse um preço incrivelmente alto, seria inútil. Felizmente, tivemos negociações inteligentes com fornecedores. Não é, por exemplo, o primeiro restaurante construído em madeira, mas pode ser o que dá o pontapé de saída. iniciar a expansão desse modelo”, diz Barreira. O plano de expansão da Arcos Dourados para este ano inclui a abertura de quarenta e cinco a 50 restaurantes.
Para uma aventura de sustentabilidade e influência do setor, a Arcos Dorados tem trabalhado com ações de rastreabilidade da pecuária e produção de carne. Neste ano, a empresa alcançou 99,92% dos fornecedores que cumprem sua política de fornecimento de carne livre de desmatamento.
“É uma tarefa complexa que exige monitoramento constante. A meta é que mais de 99% dos fornecedores cumpram o documento. Isso não quer dizer que outros não, mas há um resíduo que possivelmente exigiria uma investigação mais longa das informações”, explica Marie Tarrisse, Head Sênior de Impacto Social e Sustentabilidade da Arcos Dorados. Além da carne, todos os fornecedores de outros insumos estão sujeitos a critérios de avaliação e os espaços são analisados no contexto das emissões de gases de efeito estufa.
Para que os ingredientes tenham sucesso no restaurante, o fornecimento será feito apenas com caminhões elétricos. No pós-consumo, o objetivo é que o visitante se comprometa ao descartá-lo. Na parte superior, foram distribuídas latas de lixo de outros formatos, como um círculo para jogar a bebida e uma cruz na qual só é possível inserir papéis. “Dessa forma, esperamos que outras pessoas se previnam e pensem em onde descartar seus resíduos e embalagens”, diz Tarrisse.
Por fim, os biorresíduos serão encaminhados para o recipiente de compostagem localizado nos fundos do restaurante. “Testamos em outra loja e descobrimos que esse primeiro recipiente de fertilizante é suficiente para o que geramos no dia a dia. Mas, se o volume aumentar, temos espaço para máquinas que chegam a chegar a cem quilos, o triplo do que foi estimado inicialmente”, diz Tarrisse.
Há também uma circularidade de tecidos em paredes e pisos, com agregados de demolição como matéria-prima; no layout elétrico, com tecidos desenvolvidos através de parceiros exclusivos para as tintas do restaurante, que contêm em sua composição termoplástica resíduos de forjamento; Além dos acabamentos, bancos e até a disponibilização do quiosque de sobremesas.
O novo restaurante está localizado na Avenida Bernardino de Campos, em São Paulo, a menos de 4 quilômetros do Méqui 1000, unidade icônica da Avenida Paulista com decoração instagramável focada em experiências, e o primeiro McDonald’s da empresa em São Paulo. Estamos testando uma operação mais sustentável perto de endereços icônicos porque percebemos o volume de visitas à região (tanto locais quanto turistas) e pela capacidade de analisar a interação do cliente com novos insights sobre nossas contribuições e políticas de diversidade que disponibilizamos no QR. Códigos e nas telas das lojas”, explica Barreira.
Em termos de mobilidade, a nova unidade conta com um posto de recarga para carros elétricos, estacionamento para bicicletas e um posto para motocicletas Tembici (que opera motos Itaú em São Paulo).
Com a inauguração, a empresa viu como obrigatória nas novas unidades a opção de utilizar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), que já estava disponível como opção para os trabalhadores. O conceito é que haja um trabalhador disponível para ajudar na LIBRAS. Além disso, as comunicações também serão feitas em Braille.
No primeiro andar foi instalado o “Momento Azul”, que é mais silencioso e mais afastado da agitação central. “Isso foi projetado para o conforto das pessoas autistas”, diz Marrie.
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