No 70º aniversário de Maracanatê, as memórias dos anjos Obdulio Varelos e a tristeza que ele infligiu.

É um desafio acreditar em um ajuste mais frequentemente contado do que o veredicto da Copa do Mundo de 1950. Maracanaazo será resolvido aos olhos do futebol, um grande amigo no Brasil e no Uruguai. Entre as figuras secretas da história, Obdulio Varelos angeles plos angelesys tem um papel central. O líder do capitão celeste está cercado por tantas lendas, algumas exageradas, outras apenas simbólicas. Mas não há como negar a duração da natureza do Chefe Negro, que teria uma amizade excessivamente amigável com os brasileiros, sem necessariamente representar a imagem do carrasco.

Neste dia 16 de julho, quando Maracanaazo completa 70 anos, lembramos das memórias de Obdulio Varela. Em 1972, durante uma apresentação verbal com o jornalista Osvaldo Soriano, o capitão uruguaio deu excelente prova sobre esse ajuste em oposição ao Brasil e sua visão do futebol. O artigo foi originalmente o melhor amigo publicado no suplemento cultural do jornal “La Opinion”. Um texto obrigatório para entender a história de Maracanatê e perceber que a grandeza de Obdulio nunca se limita a uma vitória.

Veja como é. Empatamos em 2 a 2 com a Espanha, com um gol que marquei no último minuto, os gols apareceram com sorte. No momento em que um jogo venceu a Suécia por 3-2, não mais. Os brasileiros estavam matando. Eles tinham marcado sete gols para os suecos e outra meia dúzia para os espanhóis. Quando fomos à final, ninguém duvidou que nos pesariam. Eles tinham um time bárbaro, eles eram anfitriões e o mundo inteiro esperando ganhar a Copa do Mundo. Jogamos, pode-se dizer, em frente a todos eles.

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Isso, eu acho, merece nos dar paz de espírito. Nosso dever era menor. Um treinador uruguaio chamado ‘Osvehicle Moguez’, zagueiro da equipe, pouco antes de ir a campo, disse para ele ficar calmo, que os líderes se encontrariam se não perdêssemos mais de quatro gols. Ele disse que tínhamos que aceitar o general e que agora era uma questão de evitar o veículo, não engolir uma grande vitória.

Eu me escutei e me desliguei. Eu disse: “Se formos derrotados, é melhor não jogarmos. Sou obrigado a ganhar este jogo. E se não ganharmos, provavelmente também não perderemos por quatro gols.”

Eu tinha 33 anos e tinha uma variedade maravilhosa de jogos com a seleção nacional. Eles estavam errados em pensar que iríamos nos adiantar assim. Os outros caras da equipe eram jovens, com pouca experiência, mas jogavam bem. Além disso, não muito antes, tínhamos jogado ao contrário dos brasileiros na Taça Rio Branco e tínhamos visto o 1º jogo 4 a 3. Então perdemos dois por 1-0, mas aprendemos que também podemos vencer. Eles têm muito medo de jogar ao contrário dos uruguaios ou argentinos.

Antes de entrar em campo, o técnico Juan Lopez me disse, como sempre, que eu tinha que liderar e ordenar o time em campo. Então, quando fomos para o túnel, eu disse para as crianças, “Saia daí. Não pare, não pare. Nunca nas arquibancadas. O jogo é jogado abaixo.”

É um inferno quando fomos para o país, mais de 100.000 americanos estavam assobiando. Depois fomos aos mastros, onde as bandeiras seriam hasteadas. Quando o Brasil saiu, aplaudiram, é claro. Mas então, enquanto tocavam os hinos, outros americanos aplaudiram. Eu disse aos meninos: “Vejam como eles nos aplaudem. Basicamente, os outros americanos gostam de nós.”

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Não diga olá ao juiz. Nunca ajudei um grande árbitro da Apple. Eu o cumprimentei, sim, eu o tratei com respeito, mas a mão nunca. Não precisa ser legal. Então outros americanos dirão que você vai chupar as meias do chefe do jogo.

No primeiro componente, dominamos muito, mas depois caímos. Muitos de nossos jogadores não tinham experiência. Perdemos três alvos, algo do qual você erra. Eles também tiveram oportunidades, mas eu aprendi que eu não era tão louco. O objetivo não era nos deixar tomar a velocidade devastadora que eles tinham. Se falharmos, podemos estar na frente de uma máquina. O primeiro componente terminou em zero.

Na época e meia, eles saíram com tudo. É o time que marcou sem perdão. Acho que se pararmos, eles nos estabeleceriam metas. Comecei a marcar de curta distância, pressionando, caçando para jogar o contra-ataque. Acho que foi o sexto minuto que marcamos. É como o nascimento do fim.

Vou moldar qualquer coisa que outros americanos não saibam. Todos viram que eu estava pegando a bola e lentamente indo em direção ao centro da caixa para esfriar. O que eles não sabem é que ele ia convidar um impedimento, já que o assistente levantou a bandeira e a baixou, antes de marcar. Eu sabia que o árbitro não ia responder à reclamação, mas era uma oportunidade de começar um jogo lógico ao máximo e eu tive que responder. Eu estava muito calmo e pela primeira vez olhei para cima, o enxame de outros americanos comemorou o gol. Ele parecia zangado e brincando.

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Isso me levou a ter sucesso no círculo do meio. Quando cheguei, eles já tinham ficado em silêncio. Eles procuraram as pinturas em seu dispositivo alvo e eu não vou deixá-lo fazer isso de novo. Então, em vez de colocar a bola no meio, liguei para o árbitro e pedi um tradutor. Assim que cheguei, disse que havia um obstáculo e que outro minuto se passou. As coisas que os brasileiros me disseram! Eles estavam furiosos. As arquibancadas vaiaram, um jogador veio cuspir em mim, mas eu nadei. Sério, e nada mais.

Quando voltamos a jogar, eles estavam cegos. Eles nem viram seu propósito, eles estavam tão zangados. Então todos aprendemos que também podemos ganhar o jogo.

Como vamos fazer isso? O jogador terá que ser como o artista: dominar o palco. Como o toureiro, ele domina a areia e o público, caso contrário o touro está subindo. Você sabe que durante o campo de um oponente, você nunca é um grande amigo batendo palmas, apesar das táticas sábias que você joga. Portanto, ele prefere se impor de outra forma, dominando o adversário, o público e seus companheiros de equipe. Claro, eu tinha jogado 1000000 jogos em todos os lugares, em campos sem cercas, à mercê do público, e eu saí vivo. Como eles poderiam me atacar naquele dia em Maracano, que foi mantido em plena segurança? Então eu tive que dominar porque eu tinha todos os confortos e eu sabia que ninguém poderia me tocar também.

Quando fizemos um gol, ghiggia, não conseguimos. Campeões mundiais, nós que jogamos tão mal! No final do jogo, estávamos loucos. No Brasil, houve dor. Foi uma desolação.

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À tarde eu saí com minha massagista para ir a um bar para mais do que uma cerveja e nós brigamos com um amigo. Não tínhamos um único cruzeiro e pedimos dinheiro. Fomos a um bebedouro e, de lá, olhamos para as pessoas. Todo mundo estava chorando. Parecia uma mentira: todos tinham lágrimas nos olhos. Imediatamente, eu vi um cara largo entrar que parecia inconsolável. Eu chorei como uma criança e disse: “Obdulio wat o jogo se opôs a nós” e chorei mais. Olhei para ele e reclamei. Eles prepararam o maior carnaval para aquela noite e arruinaram tudo. De acordo com este homem, ele tinha arruinado.

Eu me senti mal. Soube que ele era tão azedo quanto era. Seria extraordinário ter visto este carnaval, ver como outros americanos estavam animados com algo tão simples. Arruinamos tudo e não ganhamos nada. Nós tínhamos um diploma, mas o que era diante de tanta tristeza? Eu sintoo sobre o Uruguai. Agora outros americanos ficariam felizes. Mas eu estava no Rio de Janeiro, entre tantos outros americanos sem vergonha. Lembrei-me da minha fúria quando marcaram a minha raiva, que não era mais minha, mas doeu.

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O dono do bar se aproximou de nós com o garoto gigante que estava chorando. Ele disse: “Você sabe quem ele é? É Obdulio.” Acho que ia me matar. Mas ele olhou para mim, me abraçou e continuou chorando. Depois de um tempo, ele disse: “Obdulio, você é capaz de beber conosco? Queremos esquecer, sabe? Como posso dizer não? Bebemos a noite toda em bares. Conceito, “se eu vou morrer até a tarde, que assim seja.” Mas eu estou aqui.

Se eu tivesse que jogar esta última volta, eu marcaria a primeira volta, sim senhor. Não, não se surpreenda. A única coisa que foi completada vencendo esta chamada foi fazer os dirigentes da Federação Uruguaia de Futebol brilharem. Medalhas de ouro foram dadas e os jogadores lhes deram medalhas de prata. Você acha que já concordou em realizar as chamadas de 1924, 1928, 1930 e 1950? Nunca. Os jogadores que participaram desses campeonatos estão agora sozinhos, em 18 de julho, um feriado em todo o país. Nós celebramos sozinhos. Nem preferimos contato com líderes.

Comecei a jogar futebol seriamente por causa de um acidente. Éramos 12 irmãos, adolescentes de um vendedor de carne vermelha. Nós fomos muito pobres. Eu fui para a faculdade pela primeira vez aos 13 anos e tive que desistir primeiro de vender jornais e depois sapatos de cera. Como limpador de sapatos, ele ganhou seis pesos por mês em 1932. Um dia, fui convidado para jogar um jogo nativo. Lá conheci meu irmão, que jogava em outro time. No final, quando me substituí para tocar, apareceu a manchete, que era o tanque de Amato, e eles não me colocaram. Então meu irmão veio e me perguntou se eu estava querendo brincar com eles. Desde que eu tinha ido jogar de qualquer maneira, eu concordei. Ganhamos e ficamos na equipe.

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Os meninos me deram um papel como pedreiro e eu fiquei muito feliz. Comecei a apostar em um clube que estava na divisão do meio. Acontece que eles estavam bem, porque eles me disseram que eu tinha sido vendido para Wanderers por duzentos pesos.

Sem me perguntar nada, eles me venderam como um saco de batatas. Quando percebi, fui controlar os Wanderers e perguntei: “Quem vai ficar no clube, Deportivo Juventud ou eu?” Eles me deram duzentos pesos. Eu tenho o dia todo com o dinheiro. Quando me deram em casa, minha mãe não podia, eles me deram tanto. Ela concedidou que estava no caminho errado. É que uma vez que você cria um na rua, você tem duas maneiras: ou você molda como ficar com dignidade, como eu fiz porque eu tive a oportunidade, ou deixar qualquer coisa acontecer, como acontece com aqueles que não têm chance.

Eu fiz tão bem que quando subimos, nunca caímos. Eu nos Wanderers me opus ao River Pbeyond porque perdemos e depois vencemos Bellos Angeles Vista. Finalmente, no Estádio Centenário, fomos contra Pearol. Ele tinha nada menos que Sebastion Guzman, o mestre. Eles tiveram dificuldades, mas ganhamos por 2 a 1. Nunca esquecerei. Passei quatro anos em Wanderers e em 1943 fui para Pearol por 16.000 pesos, um número recorde para mover um ples Angelesyer. Fiquei lá até 1955, quando larguei o futebol.

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Agora sou meu melhor amigo, desculpe, eu era um jogador. Se eu tivesse que reconstruir minha vida, eu também não estaria olhando para um estádio. Não, futebol é cheio de miséria. Gerentes, alguns atores, jornalistas, estão todos no negócio sem se preocupar com a dignidade do homem. Eu tomei da maneira mais produtiva. Quando vieram me subornar, eu não desmaiei ou denunciei. Eu disse não, para procurar alguém menos orgulhoso do que eu. Eles me guiaram através da filosofia que aprendi na rua. Lá, tudo é aprendido. Você tem que viver, apesar do que. Viva e, em troca, deixe-o viver.

Estou em um monte de pedaços. Os cães entraram na minha própria vida, me atacaram muito com a greve dos jogadores, porque eles estavam jogando o jogo do clube. Tomei uma decisão direta de viver minha vida e terminar com eles. Desde então, eu me recusei a desmaiar dos tiros que deram ao time em campo. Quando meus colegas me pediram para sair, eu olhei e fui embora.

Uma vez, os colunistas se arriscaram e o clube me ligou para me convencer que tinha que ser maravilhoso e tirar fotos. Então eu perguntei a ele: “Por que você me alugou para tirar fotos ou jogar futebol?” Lá, o incidente terminou. Eu não queria dominar mais coisas com os líderes ou com os cães que escrevem o que eles gostariam em proporção a eles. Sei que prefere ganhar a vida, mas não precisa incomodar os outros. Então eu nunca mais iria ao gramado, mesmo assumindo que fui apresentado a milhões. Fui punido muito e não suporto isso. Então eu disse que se eu tivesse que jogar um último agora, eu marcaria contra ele. Não há razão para colocar sua vida em uma causa suja e infectada. Um dia você vai querer perceber: então, saber quem é quem e se foi uma acusação sujando.

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