Dengue e falta de diagnóstico, pelo Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

Ainda não estamos totalmente imunes aos riscos causados pela pandemia coronavírus, mas já estamos alarmados com a disseminação dos casos de dengue no Brasil.

O país registrou 542 mil casos da doença no final de abril, o que, em comparação com o mesmo período de 2021, implica um aumento na incidência de 113,7%. Segundo dados do Ministério da Saúde, 160 brasileiros morreram por dengue. Esse ano. Somando-se as ocorrências dos primeiros 4 meses de 2022, as estatísticas implicam a ocorrência do mesmo número registrado no ano passado.

Muitos municípios já foram colocados em alerta máximo para salvar a propagação da doença. Já temos localidades – somando o interior de São Paulo – que utilizam aerossóis inseticidas (a chamada “fumaça”) para o mosquito transmissor. Praticamente todos os municípios têm reforçado o campo onde pedem à população para evitar a estagnação da água e a presença de caixas abertas que possam servir de criadouro para mosquitos.

A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos coloniais. O mosquito Aedes aegypti é de origem africana. Ele chegou com os navios negreiros, depois de uma longa aventura de seus ovos dentro dos tanques de água dos navios. O primeiro caso da doença registrado em 1685, em Recife (PE). A luta contra a doença é antiga e está relacionada à luta contra a febre amarela, através de Oswaldo Cruz. Na década de 1940, os inseticidas começaram a ser pulverizados e o mosquito foi declarado extinto em 1955. Mas a falta de cuidado levou à sua reintrodução por meio de pneus usados importados da Venezuela e da Guiana no final da década de 1960. . O inseto deixou de ser erradicado, em 1986 a dengue voltou como epidemia no Rio de Janeiro e, desde então, só se espalhou.

Acontece que um mal já extinto após décadas de esforço, apesar de tudo ter sido reintroduzido e agora representa um risco para a população. Curiosamente, nos últimos dois anos, enquanto vivíamos a pandemia Covid-19, não houve menção à dengue, zika e chikungunya, as doenças transmitidas pelo mosquito. Havia até um sentimento de que eles tinham acabado. o coronavírus tomou todo o espaço. Hoje já há relatos de um grande número de casos de dengue, casos de chikungunya e logo zika.

É verdade que não houve esfriamento nos casos de doenças transmitidas por mosquitos, mas houve um alerta sobre o maior mal que já matou mais de 600 mil brasileiros. Hoje estamos desmobilizando a atenção ao Covid-19.

É vital não ter o mesmo hábito que aconteceu com doenças do mosquito. Mesmo porque o coronavírus é mais rápido e mortal. Os governos, o governo da saúde e todos os cidadãos devem permanecer vigilantes. Distinguindo claramente entre a redução dos casos e a ausência de diagnóstico. . Quando a identidade é conclusiva ou inconclusiva, a população é exposta a perigos e muitos perdem suas vidas. Isso não pode continuar acontecendo.

* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves é diretor da ASPOMIL (Associação de Assistência Social da Polícia Militar de São Paulo)

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