Madrid (Espanha) 2021-10-01T12:30:00. 000Z
São Paulo (Brasil) 2021-10-02T21: 40: 00. 000Z
O dia de protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro que ocorreu neste sábado (02/10) em mais de 250 localidades no Brasil e em outros países se destacou na imprensa estrangeira. O Guardian chamou os eventos de “massivos” e observou que o mandato do presidente continua a cair.
“Dezenas de milhares de manifestantes voltaram às ruas das maiores cidades do Brasil para pedir o impeachment de Bolsonaro, pois as pesquisas mostram que a pontuação do presidente caiu novamente”, disse o jornal.
Segundo o jornal britânico, os brasileiros saíram às ruas para expressar sua oposição à “reação de Bolsonaro à epidemia de COVID que já matou cerca de 600 mil pessoas e deu um duro golpe na economia do país sul-americano”.
A emissora Telesur disse que mais de 15 capitais em todo o país registraram protestos. “Sindicatos, acadêmicos e organizações civis lideraram conjuntamente mais de trezentos apelos em 250 localidades com o apelo para retirar Bolsonaro do Palácio do Planalto, tendo em vista a evolução da agitação em torno de seu controle que mantém o país em profunda crise”, disse.
A rede multiesstatal também lembrou que os movimentos de sábado tomam uma posição “um ano antes das eleições presidenciais no país sul-americano, nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma projeção de reeleição”.
Na Argentina, o jornal Página12 chamou os protestos de “múltiplos” e que os manifestantes reclamaram de “inflação, desemprego e controle da pandemia que matou 600. 000 pessoas”.
O jornal também destacou a presença de forças políticas de centro e de direita nos protestos, como o MDB, o PDT e o PSB.
A empresa de notícias alemã Deutsche Welle lembrou que este é o sexto ato que se opõe a Bolsonaro desde maio, “quando esses movimentos e partidos voltam às ruas após um ano evitando manifestações devido à pandemia covid-19”.
Segundo a DW, os protestos são marcados pela “defesa da democracia e das políticas públicas de que a fome e a pobreza no país, incomodam com a pandemia”.
A Agence France Presse (AFP), por sua vez, tem mais de cem pedidos de acusação contra o presidente brasileiro e que o presidente da Câmara, Arthur Lira, “se recusa a se contentar com qualquer um deles”. Ele ordenou várias investigações contra Bolsonaro e seus aliados, acrescentando por espalhar informações falsas”, disse a empresa.
A AFP também observou que uma pesquisa realizada em setembro pelo Instituto Datafolha colocou Bolsonaro Lula nas intenções de voto para a eleição presidencial de 2022.
A italiana Ansa destacou os protestos em São Paulo, que “se concentraram em frente ao Masp, na Avenida Paulista, que teve pelo menos 8 quarteirões passados pelos manifestantes”. O escritório informou ainda que “os ex-candidatos à presidência Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (Psol) se reuniram na ocasião na cidade mais populosa do país”.
Em Rerecife, Ansa lembra que “um cara dirigindo um Jeep Renegade preto atropelou e arrastou um manifestante de 29 anos que participava do protesto contra Bolsonaro”. levado ao hospital para tratamento médico”, concluiu.